Todo ano, os médicos do Brasil inteiro têm um compromisso marcado com a Receita Federal: é o momento da declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).
A declaração é um compromisso no qual muitos profissionais de diferentes áreas — inclusive da saúde — precisam prestar contas com o fisco. Para isso, é necessário calcular e organizar os rendimentos, investimentos, dívidas e gastos do ano anterior.
E essa parte essencial da sua gestão financeira pode ser um verdadeiro desafio para muitos médicos. Afinal, o processo é complexo e cheio de detalhes que requerem bastante atenção. Algo que fica ainda mais complicado na correria do dia a dia de um profissional da saúde, não é?
Entre plantões, atendimento de pacientes, ações de gestão médica na sua clínica, controle de estoque, especializações e tantos outros compromissos, fica difícil ter esse cuidado.
Por isso, preparamos uma lista de dicas para que a sua declaração de Imposto de Renda seja mais simples e para que você evite os principais erros desse momento. Continue sua leitura e confira:
Vale lembrar que médicos donos de clínicas, que atuam como pessoa jurídica, também precisam declarar seu Imposto de Renda de Pessoa Física, mesmo que sua clínica já tenha feito a declaração de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. Por isso, estas dicas para o seu IRPF também são essenciais para você!
O primeiro passo é bastante básico: nada de deixar a declaração do imposto de renda para a última hora. Por isso, comece a se preparar pelo menos com alguns meses de antecedência, separando os documentos que serão declarados, como os comprovantes de pagamento e recebimento para os planos de saúde.
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No entanto, o ideal para garantir tranquilidade no momento da declaração é manter as informações em dia no decorrer do ano. Anote cada procedimento, recebimento, CPF de pacientes e até plantões.
Todos esses dados precisam estar no seu IRPF, acompanhados com os documentos comprobatórios para garantir a validade de cada informação. Por isso, se você não fizer um acompanhamento adequado ao longo do ano, vai ser difícil organizar todas as informações na hora de declará-las.
Uma dica a mais para ajudar nesse momento é contar com um sistema de gestão médica que organize seus dados. Ele pode ser um excelente apoio na hora da declaração, dando mais agilidade para o processo e evitando o esquecimento de informações importantes.
Sua declaração precisa ser preenchida nas fichas de identificação que estão disponíveis para download no site da Receita Federal. Nela, você deve registrar alguns dados específicos sobre a sua atividade profissional na sua gestão financeira.
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Para te ajudar a ter uma declaração completa, separamos essas informações que não podem ficar de fora do IRPF de um médico. Confira:
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Caso você seja proprietário de uma clínica:
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Na hora da declaração do Imposto de Renda, é interessante saber o quanto você terá de pagar para a Receita Federal, ou mesmo o valor que será restituído para você.
Para isso, vale a pena utilizar o Simulador da Receita Federal. Além de prever os valores, essa ferramenta também simplifica o processo de declaração para o profissional da saúde.
Algumas movimentações financeiras podem ser dedutíveis da declaração de Imposto de Renda dos médicos. Ou seja, se você declará-las, um valor determinado será reduzido do seu IR total e você poderá pagar menos impostos.
Os principais itens de uma clínica médica que se enquadram nessa categoria são:
Outras despesas também podem ser dedutíveis dos impostos, como previdência social e previdência privada, investimentos de marketing e publicidade e doações para causas sociais, médicas e também de direitos da criança e do idoso. Nesse último caso, a doação pode ser utilizada para abater até 6% do valor que você teria de pagar à Receita Federal.
Todos os médicos que atuam como pessoa física precisam lançar mensalmente suas receitas e despesas no programa Carnê Leão. Também é obrigatório pagar sua DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). Essas informações precisam ser enviadas à Receita Federal junto da sua declaração de IRPF.
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Médicos donos de clínicas ou consultórios, que atuam como pessoa jurídica, possuem um documento diferente: a declaração de serviços médicos (DMED). Esse documento precisa ter os dados de pacientes atendidos e os valores, e também deve ser enviado junto da declaração de Imposto de Renda.
A declaração de Imposto de Renda é de total responsabilidade do médico, por isso, ela requer o máximo de atenção para evitar problemas mais tarde. Então, se você não quer correr o risco de cair na malha fina da Receita Federal por causa de um simples engano, revise seu IRPF.
Entre os erros possíveis estão: valores e informações digitadas incorretamente, omissão de rendimentos, entre outros.
Em caso de erros na declaração, é necessário corrigi-los por meio de uma declaração retificadora, que deve ser enviada o quanto antes para que você não sofra nenhuma penalidade da Receita Federal.
A declaração de Imposto de Renda envolve muitos detalhes e cuidados, que ficam ainda mais complicados se o controle da sua clínica for todo manual. Afinal, você precisa reunir um grande número de documentos, informações e comprovantes que, se estiverem apenas armazenados de forma analógica, serão muito difíceis de organizar.
Por outro lado, um software de gestão médica para clínicas pode ajudar muito na hora da declaração de Imposto de Renda. Ele permite um controle mais eficiente da sua gestão financeira e um acesso rápido de todos os documentos e informações necessários para esse momento. Saiba mais no nosso artigo: Como um sistema de gestão ajuda na declaração do Imposto de Renda.
Essa é mais uma forma como a tecnologia é essencial para a gestão de uma clínica médica.