Já pensou em trabalhar cuidando da saúde mental das pessoas? Gostaria de ter como missão combater depressões, crises de ansiedade e vários outros problemas que prejudicam a vida, o bem-estar e o convívio social de seus pacientes? Então você pode buscar a especialização em psiquiatria.
A função do médico psiquiatra é importantíssima tanto para seus pacientes quanto para a própria sociedade. Por isso mesmo, esse campo vem crescendo muito no Brasil e no mundo.
Para saber mais sobre essa especialização médica e descobrir se ela é a ideal para você, continue sua leitura!
Se quiser saber mais sobre outras áreas, confira: Especialidades médicas: conheça as diversas áreas de atuação do profissional de medicina.
A psiquiatria é uma especialização médica muito antiga, tanto que há quem diga que ela nasceu junto com a própria medicina.
No decorrer do tempo, várias práticas surgiram para cuidar da saúde mental e, com a evolução da ciência, hoje temos um cuidado psicológico e psiquiátrico muito humanizado e eficiente.
Dessa forma, o que entendemos hoje como psiquiatria é uma especialização médica que trata das patologias que afetam a saúde mental e prejudicam o comportamento, causam sofrimento e/ou impedem que a pessoa lide com seu dia a dia de forma saudável.
Por isso, médicos que optam pela especialização em psiquiatria são responsáveis por manter esses cuidados, combatendo problemas como:
Uma confusão muito comum é entre o papel do profissional de psiquiatria e o de outros trabalhadores da saúde mental, principalmente psicólogos e psicanalistas.
A principal diferença nesses casos é que, entre essas três profissões, o psiquiatra é o único formado em medicina. Dessa forma, ele geralmente tem cerca de 10 anos de estudos — envolvendo a graduação e a especialização — e pode diagnosticar doenças e prescrever medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos.
Psicólogos e psicanalistas possuem uma abordagem um pouco diferente, tratando de problemas mentais por meio de sessões de terapia, conversas e técnicas psicoterápicas. Além de tratar doenças, esses profissionais também lidam com autoconhecimento, autoestima, inteligência emocional e outros elementos da vida pessoal.
Vale lembrar que essas profissões são complementares! Um paciente que visita um psicólogo, mas possui um transtorno que demanda medicação, pode — e deve — ser encaminhado para um psiquiatra.
Da mesma forma, o psiquiatra pode indicar o tratamento de um psicólogo ou de um psicanalista para complementar seu próprio atendimento, se a situação do paciente demandar desse cuidado.
O trabalho de um psiquiatra é absolutamente fundamental para a sociedade. Essa classe de profissionais é responsável por cuidar da saúde mental de milhões de pessoas por todo o mundo e combater o estigma que costumava impedir que elas se integrassem à sociedade.
Graças à psiquiatria moderna, é possível reduzir a exclusão e melhorar o convívio social. Essa especialização médica permite também dispensar a internação em manicômios, uma ideia extrema que tira do paciente a liberdade e o direito de viver em sociedade.
E a importância dessa área só aumenta, junto com o crescimento dos problemas de saúde mental na sociedade — principalmente depois da covid-19. Além disso, o preconceito sobre quem vai no psiquiatra “ser louco” está se desfazendo. Essa mudança abre caminhos para os cuidados com a saúde mental.
Um estudo da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas, publicado no Jornal Folha de São Paulo, mostrou que o número de pessoas que dizem terem diagnóstico de depressão estava em 9,6% antes da pandemia. No primeiro trimestre de 2022, no entanto, ele chegou a 13,5%.
Para efeitos de comparação, o percentual de pessoas com diabetes no país é de 9,3%.
Vale mencionar, também, que o mercado de trabalho para médicos psiquiatras é grande e vem crescendo. Esses profissionais podem atuar em clínicas, consultórios, hospitais e até na área de perícia jurídica.
Além disso, eles podem exercer suas atividades no setor público, com vagas que vêm crescendo graças à ampliação do número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) nos municípios.
Nesse sentido, o site Salario.com.br indica que um psiquiatra ganha hoje, em média, R$ 8.054,33 por uma jornada de trabalho de 20 horas semanais. O teto salarial é de R$ 17.235,20.
A pesquisa foi feita junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web, o que significa que envolve apenas profissionais contratados. Além deles, há também os médicos que têm sua própria clínica ou consultório e costumam alcançar uma lucratividade maior.
A rotina de um médico psiquiatra varia de acordo com a área em que ele decide atuar. Por isso, trouxemos aqui algumas das principais opções para esse profissional:
O atendimento ambulatorial em clínicas e consultórios é a principal área de atuação para um psiquiatra. Esse setor envolve desde os consultórios particulares até os ambulatórios do SUS.
Nesses espaços, o profissional fala diretamente com o paciente, busca definir um diagnóstico a partir de seus sintomas e elabora uma prescrição de tratamento.
Por ter como princípio o contato direto com o paciente, o atendimento deve ser humanizado e de qualidade.
Leia mais: Como o ClinicWeb auxilia sua clínica de psiquiatria na relação médico-paciente?
Nesses casos, o psiquiatra trabalha dentro do hospital, acompanhando pacientes internados em enfermarias, apartamentos ou mesmo Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
Geralmente, sua função é cuidar de pacientes de qualquer área, mas que já tinham transtornos ou apresentaram algum problema durante o internamento.
O trabalho é essencial para manter a saúde e o bem-estar do paciente, o que ajuda, inclusive, na recuperação dos outros problemas apresentados.
Esse psiquiatra atua principalmente no pronto-socorro, para lidar com situações de urgência e emergência para atender pacientes em choque, com crises agudas de ansiedade ou passando por surtos emocionais ou síndromes convulsivas, por exemplo.
O atendimento em um Caps reúne, muitas vezes, situações de ambulatório, internação e até urgência e emergência.
Isso porque os casos atendidos nesses espaços costumam ser graves, como situações de dependência química, ideação suicida, surtos psicóticos e até violência, com riscos à vida do paciente e das pessoas no entorno.
Esse é um trabalho psiquiátrico fora do atendimento à saúde. Geralmente, esses médicos atuam em processos criminais, para avaliar se a pessoa pode ser considerada inimputável por causa de alguma situação psicológica; ou de seguridade social, para conferir a capacidade do indivíduo exercer seu trabalho.
Se deseja atuar na psiquiatria, o médico formado deve ter experiência comprovada na área. Para isso, ele pode escolher uma entre as opções seguintes:
Seja qual for a opção, depois dela o médico se torna especialista em psiquiatria e pode atender na área.
No entanto, é importante contar, também, com o Registro de Qualificação de Especialista (RQE), obtido junto ao Conselho Regional de Medicina de seu estado.
Leia mais: Qual a importância do RQE e como o médico especialista pode conseguir o seu.
Principais subespecialidades para um psiquiatra
Um psiquiatra que deseja ter uma formação mais específica pode optar por seguir uma subespecialização. As principais opções na área são:
Geralmente, a subespecialização é realizada logo depois da residência, com uma extensão de um ano, mas o profissional também pode buscá-la mais tarde.
Se você optar por abrir seu próprio consultório ou clínica de psiquiatria, é preciso se organizar, preparar um capital de investimento e seguir alguns passos importantíssimos. Confira:
Ainda não decidi… Quais outras especializações posso escolher?
Se você ainda não tem certeza de que quer atuar como psiquiatra, acesse:
E se quiser conhecer outras especialidades mais a fundo, temos artigos falando sobre oftalmologia e endocrinologia. Confira: