A gestão de pessoas é uma parte fundamental do sucesso de qualquer estabelecimento médico. Mas, para ter bons resultados, é importantíssimo fazer o controle de ponto em clínicas e consultórios.
Por meio do ponto na clínica, o responsável pode fazer a gestão de horas trabalhadas na jornada de cada funcionário.
Neste texto, vamos falar sobre a importância desse acompanhamento, as implicações da legislação trabalhista sobre ele e até boas práticas para fazer o controle de jornadas de trabalho com efetividade. Continue sua leitura e confira:
Na prática, o controle de ponto é a ferramenta aplicada em praticamente qualquer tipo de empresa para controlar a jornada de trabalho dos funcionários, registrando todos os momentos de entrada e de saída do trabalho, além dos intervalos.
O mesmo vale para estabelecimentos médicos. O controle de ponto em clínicas é simplesmente o registro da jornada de trabalho de seus colaboradores.
Esse processo pode ser feito manualmente, quando o funcionário registra por escrito, em um documento, cada entrada e saída do trabalho.
Outra opção é a mecânica, quando o colaborador “bate o ponto” na chegada, no intervalo e no fim do expediente, inserindo um cartão pessoal em uma máquina que registra automaticamente o momento em que ele passou.
Por fim, é possível fazer isso eletronicamente. Há duas formas para isso. A primeira é com uma máquina de registro na entrada da empresa, onde o colaborador registra a passagem com a impressão digital (da mesma forma que faria com o cartão na opção mecânica).
A outra é digital, com a possibilidade de o colaborador registrar entradas e saídas no computador ou mesmo no celular, com um aplicativo adequado.
Mas, seja qual for a opção, o sentido do registro é o mesmo: permitir que o gestor tenha acesso às informações e realize o controle de jornadas de trabalho de sua equipe.
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A vantagem mais direta do controle de jornadas de trabalho é o poder de gestão que ele dá ao diretor ou gestor. Com o registro de ponto na clínica, é possível ter informações essenciais como o número de horas cumpridas por cada colaborador, a quantidade de atrasos, as faltas, as horas extras, etc.
Tudo isso é importantíssimo para acompanhar a dedicação dos profissionais, organizar folgas e plantões, planejar a rotina da clínica e até pagar as horas extras adequadamente.
Esses benefícios melhoram o trabalho em equipe e ajudam a clínica a ter mais resultados, além de facilitar a gestão de custos, que é uma das funções centrais do gestor. Afinal, saber os gastos com funcionários, horas extras e plantões otimiza o acompanhamento da gestão financeira.
O controle de ponto em clínicas também incentiva o senso de compromisso do colaborador. Com o registro, ele tem maior noção dos horários de entrada e saída, o que reduz o risco de atrasos.
Além disso, ele reconhece sua própria jornada de trabalho e seus direitos, controlando os horários cumpridos e evitando excessos que poderiam afetar a qualidade do trabalho, sua saúde mental e até a segurança dos pacientes.
O ponto ainda ajuda a desenvolver um ambiente de trabalho mais profissional e sério a ser respeitado e a evitar erros e problemas na folha de pagamento e no RH da sua clínica médica.
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Tudo isso, obviamente, é importante. Mas há um outro grande motivo para ter o controle de ponto em sua clínica, principalmente se você tiver mais de 20 funcionários: seguir a legislação trabalhista.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 — em trechos alterados pela lei nº13.874, de 20 de setembro de 2019 — determina que estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores são obrigados a registrar a hora de entrada e de saída de seus colaboradores em registro manual, mecânico ou eletrônico.
A lei ainda trata dos intervalos. Determina-se que, quando há um período de mais de seis horas de trabalho, deve-se dar ao profissional um intervalo intrajornada (no meio da jornada de trabalho) de, no mínimo, uma hora. Essa hora não é contada como tempo trabalhado.
Se o período de trabalho é maior de quatro horas, mas não excede seis horas, o intervalo obrigatório é de 15 minutos. Se for menor ou até quatro horas, não há obrigatoriedade de descanso.
A CLT indica também que, entre duas jornadas de trabalho, deve haver um intervalo de, no mínimo, 11 horas consecutivas destinadas ao repouso.
Por fim, ela reforça que todo empregado tem direito a um descanso semanal de 24 horas consecutivas, “o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte”.
A lei acrescenta, ainda, um ponto importantíssimo para clínicas médicas que realizam plantão nos fins de semana: “Nos serviços que exijam trabalho aos domingos (...) será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando do quadro sujeito à fiscalização”.
É importante também conferir a regulamentação do Conselho Regional de Medicina (CRM) do seu estado para conhecer as possibilidades de definição de turnos para profissionais na saúde. Os esquemas mais comuns são:
Em meio a essas possibilidades, o controle de ponto em clínicas é a ferramenta fundamental para garantir que tanto a gestão quanto o colaborador estão cumprindo o horário combinado. Ele serve também como prova jurídica, em casos de necessidade.
Confira alguns pontos para ter eficácia na gestão de horas trabalhadas em sua clínica:
No começo deste texto, falamos sobre algumas formas diferentes de registrar o ponto na clínica, como o registro manual e o eletrônico. Volte a conferir essas opções e estude qual é mais viável para sua clínica.
Uma clínica médica costuma ter diferentes jornadas de trabalho, com turnos, plantões e profissionais que trabalham em mais do que um estabelecimento.
Para lidar com isso de forma organizada e ainda evitar problemas com a lei trabalhista, detalhe formalmente qual vai ser a jornada de cada colaborador e respeite esses limites.
Isso é ainda mais importante se sua clínica contar com uma equipe multidisciplinar de saúde com profissionais variados.
Para ter eficiência na rotina da clínica, sem correria e falta de profissionais, reúna-se com sua equipe e defina um planejamento de turnos que mantenha uma equipe suficientemente adequada para qualquer momento em que o estabelecimento esteja recebendo pacientes.
Depois de ler este texto até aqui, você já tem uma noção do quão importante é o controle de ponto em clínicas. Mas seus colaboradores ainda não sabem disso.
Então explique porque essa ação é importante não apenas para a clínica, mas também para eles. Isso vai te ajudar a gerar bons resultados na gestão de horas trabalhadas.
Pouco adianta ter funcionários responsáveis, que registram o ponto corretamente, se o gestor não aproveitar essas informações para a rotina da clínica.
Portanto, confira as informações, avalie a assiduidade de sua equipe e coloque esses dados à serviço da gestão da clínica. Se você não tiver tempo para isso, delegue a função para um de seus colaboradores de confiança.
Recompensar colaboradores que cumprem o horário, mostram assiduidade e batem o ponto corretamente é uma boa estratégia para motivar a equipe. Considere dar brindes, prêmios ou bônus, dependendo das possibilidades da clínica e do seu nível de satisfação com o time.
O dia a dia de uma clínica pode ser imprevisível, então, às vezes, é necessário pedir para os profissionais continuarem além do seu horário combinado.
Nesses casos, é essencial registrar adequadamente as horas a mais e pagá-las corretamente (ou disponibilizar um banco de horas para ser trocado por folgas). Assim, você evita problemas trabalhistas.
A última dica tem a ver com otimização. Em vez de perder tempo registrando e conferindo o ponto de forma manual, em grandes cadernos, escolha modelos digitais e eletrônicos, que possam ser registrados com agilidade e acompanhados facilmente na tela do seu computador ou celular.
Essa é apenas uma das formas com que a tecnologia pode ajudar a clínica a ser mais eficiente. Mas aproveitando o assunto, conheça o ClinicWeb, um software médico que veio para facilitar a sua gestão.